Coração Tsunami, de Helio Jenné
Ele foi provocado por distúrbios distantes, abalos sísmicos oriundos do espaço que chegaram pra arrasar o que estivesse pela frente.
Uma, duas, duzentas mil ondas gigantes de medo e pavor abalam o meu coração por segundo. Exageros à parte, a luz não está no fim do túnel, mas dentro da minha cabeça. Com as forças exauridas não pretendo lutar contra a maré irresistível e sedutora, que me leva pro fundo e me faz perder a consciência.
Dor.
Pavor.
Horror.
Estou sem forças e me vejo em pleno mar. Estou falando de fome mas, de barriga cheia não conheço a dor. Falo de amor, enquanto o ódio corrói meu esqueleto. Querro morrer, mas a vida me chama de papai. Quero chorar mas é a gargalhada sem fôlego que é expelida pela minha boca.
Minha lucidez foi pegar uma onda e eu fico tirando onda, em frente ao computador, minha janela, minha nave.
Minha estrela não espera que eu chegue. Eu mesmo não sei se conseguirei, mas tento chegar. Do jeito que for possível. Uma carona ia pegar bem...
Encontrei a ilustração no blog do Hiro
2 comentários:
Volta a escrever, Jenné!
Tô com saudade de ler algo novo vindo de você! :)
Volto sim, Nina. Com um incentivo desses só me resta voltar a rabiscar sentimentos. :)
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