27 Anos do Assassinato das 7 Quedas para a construção de Itaipu
O Salto de Sete Quedas (também chamado de Guaíra) era a maior cachoeira do rio Paraná, que desapareceu com a construção do lago da usina hidrelétrica de Itaipu. No entanto resquícios dela ainda aparecem, quando o nível de água da usina está baixo.
Em 13 de outubro de 1982, o fechamento das comportas do Canal de Desvio de Itaipu começava a sepultar, com as águas barrentas do lago artificial, um dos maiores espetáculos da face da terra: as Sete Quedas do Rio Paraná ou Saltos del Guairá.
Em 29 de Outubro de 1979 o Governo Federal outorgou à Eletrosul, conforme decreto nº 84.126, a concessão para exploração do Aproveitamento hidráulica em trecho do Rio Paraná, situado entre a Foz do rio Paranapanema, nos estados do MS e SP, e o Salto de Guaíra.
Recordistas mundiais em volume d'água, as Sete Quedas eram o principal atrativo turístico de Guaíra, cidade que, à época, chegou a ter 60 mil habitantes, rivalizando em importância com Foz do Iguaçu. Atualmente, a população da antiga cidade real espanhola é inferior a 30 mil.
Em 29 de Outubro de 1979 o Governo Federal outorgou à Eletrosul, conforme decreto nº 84.126, a concessão para exploração do Aproveitamento hidráulica em trecho do Rio Paraná, situado entre a Foz do rio Paranapanema, nos estados do MS e SP, e o Salto de Guaíra.
Recordistas mundiais em volume d'água, as Sete Quedas eram o principal atrativo turístico de Guaíra, cidade que, à época, chegou a ter 60 mil habitantes, rivalizando em importância com Foz do Iguaçu. Atualmente, a população da antiga cidade real espanhola é inferior a 30 mil.
Em 17 de Janeiro de 1982, ocorreu a queda de uma das pontes das 7 quedas, acidente que causou a morte de 32 pessoas. A investigaçao apontou para uma dupla causa: primeiro, a falta de cuidado com a manutenção das pontes sob a presunção de que em breve as Sete Quedas seriam inundadas; e depois, o aumento descontrolado da visitação, pois todos queriam ver os saltos antes de seu desaparecimento para a formação do lago Itaipu.
Em 22 de Setembro de 1982 ocorre o fechamento das comportas de Itaipu. Em 10 de Novembro iniciou-se a submersão das Sete Quedas para a formação do lago de Itaipu.
Em 22 de Setembro de 1982 ocorre o fechamento das comportas de Itaipu. Em 10 de Novembro iniciou-se a submersão das Sete Quedas para a formação do lago de Itaipu.
De acordo com levantamentos altimétricos a primeira ponte - a do Saltinho - ficava a 204 metros acima do nível do mar, o que significa que o lago formado pela represa de Itaipu, ao atingir sua cota que é de 220 metros acima do nível do mar, deixou esta ponte sob 16 metros abaixo d'água.
A maravilha natural ficava na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, no curso do rio Paraná onde, após alcançar 200 m de largura, estreitava-se para 70 m e precipitava-se em sete grandes quedas sobre rochas de basalto negro. Desapareceu em 1982, submersa pela represa da usina hidrelétrica de Itaipu.
A maravilha natural ficava na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, no curso do rio Paraná onde, após alcançar 200 m de largura, estreitava-se para 70 m e precipitava-se em sete grandes quedas sobre rochas de basalto negro. Desapareceu em 1982, submersa pela represa da usina hidrelétrica de Itaipu.
A Companhia Mate Laranjeira S/A foi responsável pelo levantamento da área das quedas, demarcando 7 grupos com 19 saltos assim identificados:
1ª Queda:
- Salto do Limite
- Salto do Caxias
- Salto do Tamandaré
2ª Queda
- Salto Presidente Franco
- Salto Diretor Francis
- Salto Deodoro
3ª Queda
- Salto General Estigaríbia
- Salto Osório
4ª Queda
- Salto Marechal Lopes
- Salto Bejamim Constant
- Salto Saldanha Gama
5ª Queda
- Salto Barão de Mauá
- Sato Rabisco Mendes
6ª Queda
- Salto Ruy Barbosa
- Salto Maria Barreto
7ª Queda
- Salto Thomás Laranjeira
- Salto Floriano
- Salto Saltinho
A banda de rock Acidente, através do seu tecladista e produtor Paulo Malária, registrou este crime contra a humanidade em 1983, ao lançar seu segundo disco Fim do Mundo com imagens do Salto das 7 Quedas na capa e contracapa. Gravou também a música epônima, que pode ser ouvida AQUI.
Fontes:
http://sopabrasiguaia.blogspot.com
http://educar.sc.usp.br
EE Bispo Dom Gastão - Profa. Marilena Aparecida Viscardi
http://www.psg.com/~walter/guaira.html
4 comentários:
Pois é Sr Hélio, será que se fosse no dias de hoje a Itaipu seria construída? Infelizmente as 7 quedas não voltam mais, pagaram um alto preço pelo desenvolvimento. Mas e as cataratas do Iguaçu? Viu que agora querem construir a Usina do Baixo Iguaçu?
http://desvendandofoz.blogspot.com/
Oi Roni, a sua pergunta é pertinente e a preocupação é geral com a construção da nova usina. Devemos perguntar se o custo-benefício vale a pena. Acho que não. Infelizmente, o incrível crescimento populacional pressiona cada vez mais os limitados recursos que a mãe natureza nos oferece. Um abração e obrigado pela visita! Seu blog é muito legal. Parabéns.
Nem sabia que havia este paraíso turístico por de baixo da Itaipu.
Pois é Rogério, um verdadeiro tesouro natural, "assassinado" sem piedade pelos detentores do poder da época. Lamentável. Depois falam de El Niño...
Um abraço e obrigado pelo comentário.
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