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21 de set. de 2007

Um poeta perdeu sua musa

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Um poeta perdeu sua musa, de3 Helio Jenné
Um poeta perdeu sua musa 

Helio Jenné

"Um poeta perdeu sua musa" é a manchete do dia.
Assim,
Sem razão ou motivo aparente.
Sua mente está confusa
Sem novidade boa e sem notícia ruim
O doido começa a pensar que é o início do fim.

Perdido em meio às estrelas que dançam à sua volta
Sem bússola ou compasso
astrolábio
O sujeito sem sorte imagina até a morte

Dos astros dispensa a escolta
e aperta o passo rumo ao norte...
“- Olho pro céu em busca de conforto e guarida
Mas as estrelas mudaram de lugar, sem avisar

Me deixaram entregue aos pensamentos
da minha alma perdida...”

Não adianta... esse homem está confuso e não tem jeito.
A dor no seu peito é conseqüência do que não foi feito
Desde o dia em que soltou a mão de sua musa
o poeta sem maldade não consegue descansar em paz.
O sono não vem, nem fome, nem sede.
Parece até que se alimenta da saudade... ele é capaz.

Chamo de "poeta sem maldade",
e todos o chamam assim na cidade.
É um sujeito infeliz, na verdade.
Feito um astronauta perdido no espaço sideral,
Que sem bússola ou astrolábio, já falei, olha 
desnorteado e perpelexo à sua volta, 360 graus.
 
Não teme o frio nem o breu;
Só quer encontrar a estrela, que de vista ele perdeu.
Ele chama pela estrela que perdeu, a sua amada.
Mas perdido quem está é ele, pobre pastor de palavras,

que não sabe lidar com a ausência de sua querida fada
e, sem ela,
não sabe mais dormir ou sorrir,
só andar com a cara amarrada.
O sono lhe chama, aperta seus olhos
e a saudade os lava, mas não se importa.
Nada importa. Ele não está nem aí.

Ele a procura, em todos os quadrantes do céu.
Monta guarda e aguarda, mais um dia amanhecer,
quem sabe algum cometa errante vem lhe fazer companhia...
nessa noite de lua pequena e de estrelas fugidias, quase dia.

Ele chama a sua amada quem diria, uma vez mais
Que de dia ele cuida da vida, mais uma mania.
A lua está crescente
Sua saudade aperta

A aurora chega perto e lhe dá bom dia!
 
Mas enfeitiçado, continua a escrever

Sem parar para pensar na rima certa

Que pode ser de alegria
E ele continua sem saber o que rolou...
Sua saudade apertou,
A aurora já chegou e o dia clareou.

O rap da madrugada virou batucada
Depois que o galo canta já é hora de acordar
Pro pesadelo
E ele chama a sua fada, pela última vez
Precisa dela pra escrever poesia

Que de dia ele cuida da vida,
mais uma mania.

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