Um poeta perdeu sua musa
Um poeta perdeu sua musa
Helio Jenné
"Um poeta perdeu sua musa" é a manchete do dia.
Assim, Sem razão ou motivo aparente.
Sua mente está confusa Sem novidade boa e sem notícia ruim
O doido começa a pensar que é o início do fim.
Perdido em meio às estrelas que dançam à sua volta
Sem bússola ou compasso astrolábio
O sujeito sem sorte imagina até a morte
Dos astros dispensa a escolta e aperta o passo rumo ao norte...
Sem bússola ou compasso astrolábio
O sujeito sem sorte imagina até a morte
Dos astros dispensa a escolta e aperta o passo rumo ao norte...
“- Olho pro céu em busca de conforto e guarida
Mas as estrelas mudaram de lugar, sem avisar
Mas as estrelas mudaram de lugar, sem avisar
Me deixaram entregue aos pensamentos
da minha alma perdida...”
Não adianta... esse homem está confuso e não tem jeito.
A dor no seu peito é conseqüência do que não foi feito
A dor no seu peito é conseqüência do que não foi feito
Desde o dia em que soltou a mão de sua musa
o poeta sem maldade não consegue descansar em paz.
O sono não vem, nem fome, nem sede.
Parece até que se alimenta da saudade... ele é capaz.
o poeta sem maldade não consegue descansar em paz.
O sono não vem, nem fome, nem sede.
Parece até que se alimenta da saudade... ele é capaz.
Chamo de "poeta sem maldade",
e todos o chamam assim na cidade.
e todos o chamam assim na cidade.
É um sujeito infeliz, na verdade.
Feito um astronauta perdido no espaço sideral,
Que sem bússola ou astrolábio, já falei, olha
Feito um astronauta perdido no espaço sideral,
Que sem bússola ou astrolábio, já falei, olha
desnorteado e perpelexo à sua volta, 360 graus.
Não teme o frio nem o breu;
Só quer encontrar a estrela, que de vista ele perdeu.
Ele chama pela estrela que perdeu, a sua amada.
Mas perdido quem está é ele, pobre pastor de palavras,
que não sabe lidar com a ausência de sua querida fada
e, sem ela, não sabe mais dormir ou sorrir,
só andar com a cara amarrada.
Mas perdido quem está é ele, pobre pastor de palavras,
que não sabe lidar com a ausência de sua querida fada
e, sem ela, não sabe mais dormir ou sorrir,
só andar com a cara amarrada.
O sono lhe chama, aperta seus olhos
e a saudade os lava, mas não se importa.
Nada importa. Ele não está nem aí.
e a saudade os lava, mas não se importa.
Nada importa. Ele não está nem aí.
Ele a procura, em todos os quadrantes do céu.
Monta guarda e aguarda, mais um dia amanhecer,
quem sabe algum cometa errante vem lhe fazer companhia...
nessa noite de lua pequena e de estrelas fugidias, quase dia.
Ele chama a sua amada quem diria, uma vez mais
Que de dia ele cuida da vida, mais uma mania.
Que de dia ele cuida da vida, mais uma mania.
A lua está crescente
Sua saudade aperta
A aurora chega perto e lhe dá bom dia!
Sua saudade aperta
A aurora chega perto e lhe dá bom dia!
Mas enfeitiçado, continua a escrever
Sem parar para pensar na rima certa
Que pode ser de alegria
E ele continua sem saber o que rolou...
Sua saudade apertou,
A aurora já chegou e o dia clareou.
Sua saudade apertou,
A aurora já chegou e o dia clareou.
O rap da madrugada virou batucada
Depois que o galo canta já é hora de acordar
Pro pesadelo
E ele chama a sua fada, pela última vez
Precisa dela pra escrever poesia
Que de dia ele cuida da vida,
mais uma mania.
Precisa dela pra escrever poesia
Que de dia ele cuida da vida,
mais uma mania.
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