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25 de dez. de 2007

Divã de Pedra Blues

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Helio Jenné em tempo de tempestade
Inicio este post muito desanimado. Estou triste, deprimido e sem vontade de escrever.
Mas como me impus esta tarefa, lá vou eu, ladeira abaixo, impulsionado pelas incertezas de um futuro que nem sei se existe. Por quê estou fazendo isso? para poder organizar as minhas idéias.
E por quê estou fazendo isso publicamente, neste blog? Porquê não estou fazendo tratamento algum e senti necessidade de expulsar alguns sentimentos da minha cabeça.
O que sou, onde cheguei, o que consegui? nada disso tem importância agora, porque meu coração e pensamento estão muito longe daqui, desta cadeira estofadinha e style. Estão numa cave escura, de onde não vejo a saída. Lá, sento no chão úmido de pedra, no fundo do buraco, e sinto o cheiro das paredes musguentas e quase as sinto me tocando.
Não quero mais criar imagens retóricas ou poéticas pra descrever uma situação dilacerante. Quero descobrir a saída dessa caverna nojenta.
Perdido dentro de um buraco sem luz e sem ar. Claustrofobia. Estou perdido dentro de um espaço que pensava conhecer, pelo menos um pouco: eu mesmo - Cento e noventa e quatro centímetros de angústia em busca de... em busca de... de... um acorde menor, que possa me levar numa viagem que tivesse um final.
Pelo menos, certamente, teria um estribilho, ao qual eu poderia recorrer, enquanto eu não conseguisse pescar novas rimas no espaço atemporal de uma composição.
O compasso é 2/4. Coração bate acelerado. A medida da tragédia é comparativamente nula, mas imensa de per si. Escrevo escrevo e não consigo aliviar a dor que os pensamentos recorrentes insistem em batucar na minha mente.
Como será o amanhã? responda quem puder, já disseram uma vez. Lembranças voam alvoroçadas ao meu redor, como morcegos que acabaram de acordar e precisam de ar puro. O bater das suas asas criam uma percussão maluca e um deslocamento de ar que esquenta meu corpo.
Nada como ouvir uma música linda pra me deixar menos mal: "You are so beautiful..." A abundância se contrapõe à escuridão e a lembrança de um mundo de luz entristece ainda mais minhas convicções...
Ah se eu tivesse uma viola, com quem eu pudesse, mais uma vez, confidenciar todas essas angústias...

Publicado originalmente em 17/2/2005 no blog Cantigas Para a Lua.

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